Um bom empresário deverá ter em mente que o controle e planejamento financeiro faz parte dos processos mais importantes de uma empresa.
E para que o controle financeiro funcione, seja qual for o segmento da empresa, o controle de fluxo de caixa é fundamental.
As informações contidas na Demonstração de Fluxo de Caixa, com as demais demonstrações contábeis irão auxiliar tanto no planejamento financeiro, como irão avaliar a capacidade da sua empresa gerar caixa.
O gerenciamento financeiro tem sido uma ferramenta essencial para que a empresa se mantenha competitiva no mercado, alavanque seu crescimento, se tornando um negócio rentável e lucrativo.
Infelizmente, não são todos os empresários que têm conhecimento de como fazer para analisar essa demonstração.
Por isso, se quiser entender como usar essa ferramenta para melhorar o gerenciamento financeiro de sua empresa, continue lendo esse post que iremos explicar tudo sobre a DFC.
O que é a Demonstração de Fluxo de Caixa – DFC?
O fluxo de caixa é o controle das movimentações financeiras de uma empresa.
Ou seja, é o controle de entradas e saídas de dinheiro que evidencia a posição financeira da empresa em determinado período.
É um dos relatórios contábeis e financeiros mais importantes para uma organização.
Ela serve como ferramenta de controle financeiro que auxilia na tomada de decisões relacionadas ao futuro da empresa, que podem ser desde a realização de um novo investimento ou até corte de gastos da organização.
E é nela que deverá ser registrado todos os valores que entram, como pagamento de clientes.
Bem como todos os valores que saem, como compra de materiais, pagamento de funcionários, entre vários outros.
A elaboração da demonstração é obrigatória para empresas de capital aberto ou com patrimônio líquido acima de R$ 2 milhões e para pequenas e médias empresas, conforme a NBC TG 1000.
Deve ser apresentada anualmente.
É importante lembrar que nessa demonstração é utilizado o regime de caixa, ou seja, só é registrado valores que efetivamente foram recebidos ou pago.
Qual a importância da Demonstração de Fluxo de Caixa?
Não possuir um controle eficiente de caixa é um grande risco para qualquer empresa.
É fato que a má gestão financeira gera diversos impactos negativos para uma empresa.
Os problemas vão desde os pagamentos de fornecedores, acarretando juros e multa para empresa, como na redução da sua lucratividade.
Entre as complicações que podem ocorrer, podemos citar:
- diminuição do crédito oferecido pelos credores;
- pagamento de taxas ao banco em caso de empréstimo;
- impacto no relacionamento com fornecedores, que pode implicar em negociações futuras menos flexíveis;
- entre outras.
Para a gestão, os benefícios são inúmeros:
- Analisar a capacidade e viabilidade financeira da empresa de gerar caixa;
- planejar e ajustar orçamentos;
- Prevenir imprevistos e escassez de recursos financeiros;
- Garantir o cumprimento das obrigações financeiras da empresa;
- Avaliar alternativas de investimentos;
- Certificar que os excessos momentâneos de caixa estão sendo devidamente aplicados, entre outros.
Além disso, a demonstração garante transparência, veracidade e elaboração de informações históricas que poderão ser utilizadas não somente para tomadas de decisões da alta gestão, mas para base de cálculo da Valuation de organização.
Estrutura da Demonstração de Fluxo de Caixa
A demonstração de fluxo de caixa é composto por três atividades.
São elas:
1. Atividades Operacionais
Referem-se aos gastos e despesas relacionadas a atividade principal geradora de receita da empresa decorrente da produção e entrega de produtos ou serviços.
Essa categoria também reúne dados da DRE e Balanço Patrimonial e por serem recursos ligados a atividade principal da empresa, têm associação direta com o capital circulante líquido.
São exemplos:
- recebimentos de clientes;
- contas a pagar e a receber;
- pagamento de impostos;
- salários e fornecedores.
2. Atividades de investimento
Referem-se às atividades que faz uso do dinheiro para aplicar naquilo que irá gerar benefícios futuros e que tenha por objetivo manter o negócio em funcionamento.
Essas atividades estão relacionadas ao realizável a longo prazo, os investimentos, o imobilizado e o intangível da empresa.
São exemplos:
- Compra de imóveis;
- Móveis;
- Veículos;
- Investimentos financeiros;
- Recebimento de valores.
3. Atividades de Financiamento
Referem-se a captação de recursos que pode ser de terceiros ou sócios surgem da necessidade do empreendimento, ou da escassez de dinheiro.
São atividades relacionadas ao passivo não circulante e patrimônio líquido da empresa.
Podemos citar como exemplos:
- empréstimos e financiamentos;
- aumentos de capital;
- emissões de ações;
- recompra de papéis.
Resultado da DFC
O resultado final da DFC é a soma dos resultados líquidos das atividades anteriores e deve representar a diferença entre os saldos inicial e final do período em questão, resultando na variação total de caixa.
Quais os métodos de elaboração da DFC?
O demonstrativo pode ser elaborado de duas maneiras diferentes: método direto e método indireto.
Método Direto
Esse é o método mais utilizado para elaboração do demonstrativo de fluxo de caixa.
Este método evidencia as entradas e saídas reais decorrentes das atividades operacionais.
Ou seja, o método direto considera os pagamentos e recebimentos brutos relacionados ao caixa da empresa.
De acordo com o Manual da Contabilidade Societária, deve se apresentar a seguinte forma:
Método Indireto
Nesse método, a elaboração das atividades operacionais é realizada por meio do resultado do caixa das atividades e o lucro líquido, são ajustadas através dos itens que afetam o resultado, mas não alteram o caixa da empresa: depreciação, amortização e exaustão.
Essas informações são encontradas da DRE, por isso, é chamado de método indireto.
Concluindo
Conforme explicamos nesse post, a demonstração de fluxo de caixa trará diversos benefícios para sua empresa.
É ela quem aponta de onde estão surgindo os recursos e como estão sendo investidos, o que irá proporcionar uma melhor gestão das entradas e saídas de dinheiro e evitando desvios e erros.
É através dela que é possível avaliar a liquidez imediata das disponibilidades da empresa.
É de extrema importância que o gestor analise e avalie a capacidade financeira da empresa, elaborando um planejamento financeiro adequado à situação real que a empresa vive.
Evitando imprevistos e a escassez de caixa para pagamento de seus compromissos financeiros e gerando informações capazes de ajudar em decisões que possam gerar investimentos mais vantajosos para a organização.
Agora que você já conhece mais detalhes da DFC e a importância do controle financeiro e do seu acompanhamento, o próximo passo é colocar em prática tudo o que aprendeu.
Esperamos que esse material tenha sido útil para você e sua empresa.