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Saiba como fazer uma pesquisa de mercado em tempos de pandemia!

Que atire a primeira pedra a pessoa ou empresa que não sofreu nenhum impacto com o desenrolar da pandemia de Covid-19. Mas e quanto a fazer uma pesquisa de mercado no cenário atual?

Enquanto alguns negócios tiveram resultados positivos, como o aumento da demanda por seu produto ou serviço, a maioria das empresas se viu prejudicada pela redução da procura, do fluxo de matéria-prima, do valor destinado à sua aquisição; pela dificuldade na obtenção dos insumos e pelo aumento de custos; pela redução do quadro de funcionários; entre diversas outras consequências infelizes do contexto ao qual tivemos que nos adaptar.

Todavia, nem tudo está perdido: embora esse período tenha trazido reflexões complexas e realidades difíceis de serem enfrentadas, também foi possível extrair lições, motivações, ideias e força de vontade para seguir adiante e lidar com os desafios. Foram e continuam sendo necessárias soluções para crises econômicas, empresariais, sociais, políticas e culturais.

No texto de hoje, abordaremos alguns fatos sobre o impacto da pandemia e daremos dicas de como impulsionar o seu negócio no cenário atual. Vamos lá?

Quem se beneficiou e quem se prejudicou com a pandemia?

Uma mulher de máscara em uma chamada em vídeo com um homem de máscara, fazendo uma pesquisa de mercado online.

Algumas empresas com gestão mais conservadora e maior presença de mercado, como a Ambev, Eletrobrás e JBS, encerraram o ano de 2020 com resultados bastante positivos, apresentando aumento de sua receita. Isso indica que indústrias de bens de consumo de primeira necessidade, como alimentos, bebidas e energia, conseguiram lidar bem com o novo panorama econômico, afinal, sua demanda não diminuiu.

Estas e outras grandes empresas acabaram, também, se beneficiando com o fracasso de empresas menores: por dominarem grande parcela do mercado, acabaram “abocanhando” os consumidores dos pequenos negócios que não resistiram à crise e tiveram de fechar suas portas.

Por outro lado, empresas como a Azul, Suzano e Oi, representando serviços relativamente dispensáveis no cotidiano de grande parte do país, como transporte aéreo, papel, celulose e telecomunicações, sofreram com grandes prejuízos ao longo do último ano.

Além disso, a alta do dólar teve grande impacto em praticamente todos os setores ao aumentar a dívida em moeda estrangeira e diminuir o lucro líquido das empresas, apertando o orçamento, levando ao corte de gastos e, muitas vezes, ao encerramento do negócio.

Como se preparar para crises como a do Covid-19?

Ninguém espera uma crise, mas é importante estar preparado: o segredo é saber se reinventar em circunstâncias não convencionais. O investimento no ciclo logístico, assegurando a cadeia de fornecedores e parceiros e garantindo que o processo produtivo se mantenha ativo, assim como o investimento na tecnologia e no digital, têm sido os principais diferenciais entre negócios bem sucedidos e aqueles que estagnaram.

Elencamos, aqui, alguns esforços que fizeram a diferença para várias das empresas que se mantiveram saudáveis durante esse período:

  • Aprender a trabalhar com um estoque menor: com o isolamento social e menos pessoas nas ruas consumindo ou economizando para os bens essenciais, a produção, logicamente, caiu. Com o auxílio emergencial, ocorreu um pequeno aquecimento na demanda, o que permitiu às empresas queimarem os estoques do período imediatamente anterior. Nesse aspecto, promoções foram estratégias frequentemente utilizadas, garantindo o volume de receitas ao reduzir o preço dos produtos – o que, consequentemente, acaba por reduzir os lucros. Todavia, em um panorama onde as vendas estavam congeladas, pouco lucro é melhor que lucro nenhum.
  • Expandir sua presença no meio digital: praticamente todos os setores conseguem se fazer presentes nas redes sociais, seja através do e-commerce, seja através da produção de conteúdos de valor para os clientes. Através da digitalização de processos até recentemente realizados de maneira presencial, tornou-se possível explorar um nicho até então superficialmente conhecido, migrando os negócios para plataformas virtuais com alto nível de interatividade e multiplicando as vendas, desde que tendo um bom apoio logístico.

É importante lembrar que o e-commerce não é uma tendência, e sim uma realidade: mesmo após a “normalização” do cotidiano pós-crise, os canais virtuais permanecerão em destaque devido a sua facilidade de acesso, processamento e também à redução de custos.

  • Unir-se com os concorrentes, fortalecendo o seu setor: Claro, Oi, Tim e Vivo lançaram uma campanha conjunta para garantir a conexão de seus usuários sem que precisassem sair de casa. O atendimento tornou-se 100% digital, assim como o suporte técnico (sem deixar de lado o atendimento presencial); vários canais pagos de TV por assinatura foram temporariamente disponibilizados, bônus de internet foram concedidos e ocorreu a isenção de franquia para acessar aplicativos oficiais do governo e autoridades sanitárias. Dessa forma, ao abrir mão da competitividade em prol do bem comum, todas as empresas saíram, de certa forma, ganhando.
  • Otimizar o atendimento em qualquer plataforma: mesmo que a comercialização do seu produto ou serviço tenha sido afetada pelas circunstâncias do Coronavírus, é importante manter um alto padrão de atendimento tanto no pré quanto no pós venda. Ao chamar a atenção para o seu produto e criar uma demanda para ele, mesmo com dificuldades na aquisição de matérias-primas ou na produção do mesmo, sua forma de atrair o usuário desenvolve uma intenção de compra. Da mesma forma, o acompanhamento do cliente após a aquisição do produto ou serviço busca a retenção e fidelização do mesmo. Assim, apesar da comercialização ser o objetivo principal de um negócio, o relacionamento com o cliente é, muitas vezes, determinante para o seu sucesso.
  • Criar uma rede de apoio: ao divulgar negócios locais e promover ações em parceria com outras empresas, ambos se beneficiam. Como exemplo, podemos citar a Stella Artois, que criou o movimento “Apoie um Restaurante” cuja intenção era doar dinheiro a restaurantes que viram seu fluxo de caixa ser drasticamente reduzido com as normas de isolamento social. Assim, além de incentivar o consumo do seu bem ou serviço, a parceria ainda concede visibilidade a outros negócios, permitindo a aplicação de promoções, descontos, benefícios ou mesmo doações, multiplicando sua atuação e gerando uma boa mídia para a sua marca.
  • Disponibilizar conteúdos gratuitos ou amostras do seu produto. Especialmente para despertar o interesse em novos clientes e ampliar o alcance do seu produto ou serviço, é necessário atrair a atenção dos consumidores ou fornecer amostras para que eles conheçam aquilo que você produz. Assim, oferecer conteúdos relevantes de forma gratuita e distribuir materiais relativos ao seu negócio certamente te ajudarão a expandir sua base de clientes.
  • Possuir uma reserva de emergência: importante tanto para a vida pessoal quanto para a saúde de uma empresa, é imprescindível contar com uma quantia destinada aos imprevistos. Em termos pessoais, o ideal seria ter o suficiente para cobrir os custos de vida por seis meses sem precisar depender do trabalho, para situações extremas como o caso de uma demissão. Para muitas pessoas, a pandemia foi sinônimo de desligamento das suas empresas, o que apenas reforçou a necessidade de se preparar financeiramente para momentos de incerteza econômica. Dessa forma, as empresas também devem ter uma quantia destinada à sobrevivência do negócio pelo máximo de tempo possível, arcando com custos imprevistos.
  • Estabelecer um “gabinete de crises” para uma maior agilidade na tomada de decisões: mais aplicável para empresas maiores, é interessante criar equipes para assuntos urgentes, definindo objetivos a serem alcançados e passos a serem dados de forma rápida. Essa atitude leva a uma análise de diferentes pontos de vista e abordagens de problemas e soluções, visando minimizar os prejuízos ao negócio e mantê-lo operante da melhor forma possível.

Em um cenário de incerteza, a primeira medida lógica é a redução de custos. Apesar de correta e provavelmente necessária, no entanto, ela não deve ser a única atitude tomada: é preciso readaptar seu negócio para a nova realidade, buscando o crescimento e a inovação através de novas oportunidades. O digital é, certamente, um grande aliado nesse processo.

Assim, aproveite esse momento para perceber as lacunas no seu negócio, entender suas limitações, investir nas mudanças necessárias e agir rapidamente em busca da inovação. É preciso manter o otimismo e dar asas à criatividade, inspirando-se em exemplos bem sucedidos e buscando tornar-se um deles.

Parceiros são sempre bem vindos, pois eles ajudam a direcionar seu negócio para o sucesso e permitem um crescimento coletivo. Falando em parceiros, que tal entrar em contato com a ESAG Jr. e conferir nossas dicas para atingir os resultados esperados para o seu negócio, mesmo durante a pandemia? 😉

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