Não é nenhuma novidade que milhares de empresas nos mais diversos países precisaram fechar suas portas durante a crise econômica, política e social provocada pelo Covid-19. Visto que a pandemia ainda é uma realidade, infelizmente, podemos esperar que mais inúmeros negócios não sobrevivam a essas circunstâncias. Todavia, isso não quer dizer que algumas medidas não possam ser tomadas para evitar que um negócio culmine em seu encerramento.
É nesses momentos em que o antigo ditado que diz “prevenir é melhor que remediar” é posto em prática: definitivamente, é muito mais importante estar preparado para qualquer tipo de cenário ao invés de tentar lidar com ele apenas na hora em que ele se torna realidade. Dessa forma, trazemos aqui um apanhado sobre a relevância do Planejamento Estratégico para garantir que seu negócio supere as adversidades que possam surgir ao longo do caminho, preparando-se para diversas situações de crise e tomando as melhores decisões para que sua empresa enfrente as adversidades e saia fortalecida. Acompanhe!
Como o próprio nome diz, o planejamento serve como uma orientação para conquistar determinados objetivos através de estratégias efetivas e bem elaboradas. Fundamental para desenvolver uma visão de curto, médio e longo prazo, é o que permite que a empresa se organize, otimizando seus processos, adquirindo diferenciais competitivos, alocando os recursos disponíveis e elaborando um plano de ação coerente.
Negócios de qualquer porte e de qualquer segmento de atuação se beneficiam desta estratégia, afinal, todas as empresas querem crescer e conquistar objetivos, precisando organizar e desenvolver um plano de ação que faça sentido para os seus propósitos.
O planejamento estratégico deve envolver todas as equipes e níveis da empresa, já que todos terão um papel no seu desenvolvimento e implementação, além de todos serem impactados positivamente na conquista dos objetivos propostos. Assim, essa atitude deve aliar a dedicação e capacidade do líder com a motivação dos times, garantindo que todos trabalhem em harmonia e alcancem as metas estipuladas.
Qualquer coisa fica mais difícil sem um planejamento adequado. Em uma empresa, essa dificuldade é multiplicada, visto que há diversas áreas, pessoas e ações a serem gerenciadas. Assim, além de definir a missão e os valores da empresa, estabelecendo objetivos a serem conquistados, é preciso antecipar todo o potencial do negócio e pensar fora da caixa para se destacar da concorrência e se projetar no mercado. Logicamente, essa não é uma tarefa simples, mas ela pode ser simplificada através de um planejamento adequado dos passos necessários até sua conquista.
O planejamento estratégico é extremamente útil na descoberta de caminhos mais adequados para conquistar os objetivos estipulados, aprofundando o conhecimento sobre o mercado, os clientes, as forças e fraquezas da empresa e obtendo um panorama mais amplo sobre as ameaças e oportunidades do negócio.
Dessa forma, um planejamento bem elaborado é também uma ótima forma de unir as diversas equipes e fazer com que todos estejam alinhados e motivados para conquistar um objetivo em comum, visto que, quando há clareza na comunicação e metas a serem alcançadas, é mais fácil promover a colaboração e criar um ambiente em que todos se responsabilizam pelo sucesso do negócio.
Enfim, apesar de ser um documento, ele é responsável por colocar a empresa no caminho certo rumo ao crescimento e ao sucesso, sem perder o foco e garantindo a conquista daquilo que foi inicialmente sonhado.
Logicamente, há uma sequência de etapas a serem seguidas. Elencamos, aqui, as principais:
Diagnóstico: a primeira ação é analisar a empresa de forma geral, entendendo como se dá ou dará sua inserção no mercado e considerando o panorama atual. Nesse passo, é bastante indicado o uso da Análise SWOT, que elenca as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças do negócio.
É importante entender quais pontos precisam ser melhorados, tanto interna quanto externamente. Identifique quais pontos geram impacto na organização, seja positivo ou negativo, como a situação econômica do país e a logística envolvida na comercialização do seu produto ou serviço.
Estabeleça sua imagem, identidade e cultura organizacional. Ao definir seus valores (princípios que guiam a cultura da empresa), missão (a razão da existência da sua empresa) e visão (onde deseja chegar), estes devem ser colocados em prática por toda equipe e reconhecidos tanto interna quanto externamente, por funcionários, parceiros e clientes. São estas filosofias que estabelecerão sua presença no mercado e orientarão as diretrizes estratégicas: a identidade da organização é como um guia para montar e desenvolver equipes, firmar parcerias com fornecedores e também para lançar produtos e serviços no mercado. Dessa forma, essa identidade deve estar fortemente presente em todo o negócio, desde sua estruturação até o contato com o consumidor final.
Metas e indicadores de sucesso (Key Performance Indicators – KPIs): momento de colocar no papel as expectativas para o negócio e como atingi-las. As metas, como já mencionamos, devem ser de conhecimento e interesse de toda a organização: para isso, é possível estabelecer uma meta geral, a ser conquistada pela empresa como um todo, e fracioná-la por setores, como metas de vendas, marketing, recursos humanos, finanças, etc. Dessa forma, o resultado se torna mais palpável e todas as áreas se responsabilizam pela conquista desses objetivos.
Apesar de ser estimulante (e necessário!) sonhar alto, é importante lembrar de criar metas realistas, palpáveis e realizáveis, a fim de evitar frustrações. Especificar o passo a passo a fim de alcançar as metas menores já pode ser meio caminho andado para alcançar as maiores.
Para mensurar essa jornada e as conquistas alcançadas, os indicadores acompanham o desempenho dessas metas. Eles podem ser estabelecidos de acordo com o que fizer mais sentido para o negócio: por exemplo, o valor do faturamento mensal ou o número de novos clientes podem ser uma amostra do andamento do planejamento.
Plano de Ação: depois de toda a parte teórica, é hora de, finalmente, colocá-la em prática. A etapa do plano de ação é efetivamente o momento de conquistar as metas estipuladas, através da definição de um cronograma e da atribuição de responsáveis Ou seja, é chegada a hora de definir quais atitudes serão tomadas e delegá-las a líderes e equipes responsáveis por sua execução. É uma boa ideia documentar essas informações, a fim de acompanhar seu desempenho e garantir sua implementação por ordem de relevância, priorizando o que for mais simples ou urgente.
Além disso, se permita ousar e ser criativo: busque soluções diferentes para um mesmo problema, analise-o sob outros pontos de vista, esteja à frente das necessidades do seu consumidor e dos seus concorrentes. Este é um bom momento para implementar mudanças que pareciam desnecessárias até então. Se não agora, quando?
Acompanhamento, análise e revisão: essa etapa não é necessariamente a que encerra o planejamento estratégico, visto que ele pode durar por muito tempo, permitindo ajustes e correções a fim de manter a estratégia no caminho correto. É interessante definir uma periodicidade de reuniões e feedbacks para que as áreas envolvidas na conquista das metas possam se encontrar, apresentar e discutir os resultados alcançados. Sempre que possível, os gestores devem estar presentes para avaliar estes resultados, revisando e redefinindo a análise SWOT – o passo inicial do planejamento -, as metas e o plano de ação, afinal, a conjuntura pode alterar diversas variáveis do planejamento estratégico. Além disso, é necessário se adequar às novas dinâmicas do mercado, a fim de manter a competitividade do negócio e poder buscar vantagens em relação aos concorrentes.
A pandemia do Coronavírus colocou em perspectiva diversas atitudes, pensamentos e planos. As crises acabam se tornando, de certa forma, oportunidades para parar, repensar, arriscar e transformar, através da criatividade, da inovação e da mudança de comportamento, exigindo de todos a capacidade de adaptação, a flexibilidade, a tolerância e a motivação. Todas essas características podem e devem ser trazidas para dentro das empresas, buscando alternativas, trazendo novas ideias e implementando mudanças para se adaptar à nova realidade.
Dessa forma, além de colocar em prática a resiliência, é importante para o planejamento estratégico manter a união e o engajamento das equipes sob uma liderança comprometida com o plano de ação. Afinal, alguém tem de se encarregar e “tomar as rédeas” da situação, conduzindo a equipe rumo aos objetivos inicialmente propostos, enfrentando os desafios que surgem de forma ativa e organizada.
Como mencionamos no início deste texto, o ideal é que o planejamento estratégico já tenha sido feito no início do desenvolvimento do negócio; todavia, se esse não for o seu caso, não se desespere – nem tudo está perdido. Este também pode ser um ótimo momento para estabelecer seu planejamento estratégico e garantir a saúde e prosperidade da sua empresa, e, para conquistar todos os seus objetivos, você pode contar com a ajuda da ESAG Jr. nessa jornada.